Sergio Marey




Proxectos

Persoais

      Se te não amo, falleço
      Cai na auga e rompe, cai no                         penallo e non rompe
       Torreiro

       Relembrando a Trini
       Deus te livre
       Teño un caravel no peito
       •
Romería de Jeremías
       • Sorpresa no trigo
       • Viva Luceiro da Alba
       • Todo o mundo é contra min-eh

       • Cruceiro a santa Librada e demáis           mártires disidentes
       
Rural e tradición, un fogar en                       igualdade
       •
Que é Galiza?
       • Crucifixión
       
Escordadura sentimental
       • Las cartas sobre la mesa,  la                       memoria del Nunca  máis
       
Decreto 79/2010
        Píntame unha paliza
       • Espantallo
       • Luísa
       • Contratempo
       • Vermuth
       • Pestanas Postizas
       • Adeus


Solaina

Galería

      Perdendo a forma humana
      Obscuración dalgún cuerpo                        planetario

      Rabuñan as voces
      (Corazón) con(suela) que el                          (mundo) (rueda)
      Una niña con tetas
       •
Una casa a punto de cruz

       •
Fly me to the moon

        Olladas a endometriose
        As 7 e 7
        Rosalía no Barrio
       
Grelería na Solaina
        A Palleira
        Estar pensando na morte da                       becerra
       • Viesca de reflexión
       
Pluriempleada o muerte
       • Correr e Cantar
       
Streetviewcompostela
        Eólica así Non!
       • Cravos coma toxos
       
O Furancho
        Tradicións 2.cuir
       • Ciclo Colusión
        Feira da bágoa   
       Maquillaxe
       • Ciclo Mexer


Bio →

Contacto 

SE TE NÃO AMO FALLEÇO



         Instalación performativa exhibida no Gnration dentro da programación da 35 Edición dos Encontros da Imaxem en Braga, Portugal.
A música e as danças folclóricas são uma herança coletiva: nascem do povo, pertencem ao povo, e foi ele quem as cuidou e transmitiu ao longo do tempo. No entanto, quando essa tradição é preservada como um objeto morto — arquivada, estetizada, descontextualizada —, perde o seu pulso vital. A tradição deixa de ser quando se congela. Porque tradição não é repetição estática, mas transformação constante: um diálogo entre o que fomos e o que somos.

Essa reflexão leva-nos a pensar: quem tem o direito de fazer parte dessa tradição, e quem fica de fora do seu relato oficial? Ao tentar “protegê-la”, muitas vezes excluímos as dissidências que a habitam e que historicamente nela encontraram um espaço para ser. A tradição foi, e é, abrigo para quem vive à margem: dissidências sexuais e de gênero que se reconhecem na força do mundo rural, na prática do cuidado, na comunidade, na resistência. Há um vínculo profundo entre o queer e o rural: dois espaços historicamente invisibilizados, mas cheios de criatividade, afeto e dignidade.

Esta obra, portanto, convida-nos a pensar uma tradição viva, plural, onde todas as vozes possam ter lugar. Porque musealizar não pode ser sinônimo de silenciar.



Instalção feita com pel, cianotipia, cordão, cesta, lenços e fotografía de arquivo, ativada por uma performance de 20 min de duração com a colaboração de Alberto Ovejero